segunda-feira, agosto 23, 2021

Alvo da PF, Sérgio Reis se diz magoado com falta de apoio: "eu errei"

Aos 81 anos, o cantor e ex-deputado falou sobre a operação da Polícia Federal em sua casa após o áudio vazado com ameaças a ministros do STF


Sérgio Reis disse que não se abalou com imputação penal, mas com afastamento dos amigos - (crédito: Sérgio Reis/Facebook/Reprodução)


Correio Braziliense

Sérgio Reis falou sobre a polêmica em que se envolveu nas últimas semanas, graças a áudios vazados em que convoca uma greve de caminhoneiros e ameaça ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, do Domingo espetacular, da Record, o músico se diz “triste” com a repercussão da “frase infeliz”. A conversa foi ao ar no último domingo (22/8). 

“Eu errei e quero me redimir com esse povo, pedir desculpas. Se seis horas da manhã vier a polícia em casa, eu me entrego”, desabafou. Ele, que já foi eleito deputado federal pelo estado de São Paulo, afirmou estar magoado pela falta de apoio dos artistas e amigos. Aos 81 anos, o músico mostrou os medicamentos dos quais faz uso, especialmente para diabetes, e a casa em que mora na Serra da Cantareira em São Paulo.

Reis disse que está disposto a se desculpar com o STF e argumentou que foi mal interpretado. Segundo o ex-deputado, o áudio era apenas uma conversa informal com um amigo que acabou saindo do controle. As declarações sobre o voto impresso não ser um pedido, mas "uma ordem”, e a menção a “invadir e quebrar tudo, tirar todo mundo de lá” são investigadas pela Polícia Federal (PF).

Investigação e perdas

A corporação fez uma busca na casa do cantor na mesma operação em que foram cumpridos os mandados de busca no gabinete e na casa do deputado Otoni de Paula (PSC-RJ). Os dois fazem parte de um grupo de dez pessoas investigadas por declarações antidemocráticas. Todos devem cumprir uma ordem de restrição e permanecer afastados da Praça dos Três Poderes em um raio mínimo de 1 km. A única exceção é no caso do deputado Otoni de Paula para atividades ligadas ao mandato.

No caso de Sérgio Reis, além dos problemas legais, houve também uma forte repercussão financeira. Depois das declarações contra a democracia feitas na semana passada, ele perdeu contratos para comerciais, shows e viu serem canceladas participações de outros músicos no seu próximo álbum, já em produção. 

Segundo o cantor, a falta de apoio público dos colegas ajudou a deixa-lo deprimido. Reis também disse ter recebido um vídeo de um fã queimando discos antigos gravados por ele. “Eu errei, o que eu posso fazer?! Me perdoem. Vou pedir desculpas para os ministros, eles me conhecem, sabem quem eu sou. Agora, respeitem o povo também”, argumentou.

Ele ainda comentou que “só o Roger, do Ultraje a Rigor, mandou uma mensagem dizendo que estava do meu lado, em solidariedade. Foi o único artista. Estou triste”, mas disse que não se abalou pela operação da PF e sim pela mágoa de ver amigos se afastando dele.

Sobre a suspeita de uma prótese peniana paga com dinheiro público, o ex-político negou. “Até essa coisa da prótese que inventaram. Tenho 81 anos, tive um AVC, não posso tomar Viagra nem nada dessas coisas. Para namorar com a minha mulher precisei de uma solução prática, uma prótese americana”, disse.

  

Postar um comentário

Blog do Paixão

Whatsapp Button works on Mobile Device only

Start typing and press Enter to search